História da Educação Brasileira
O Guia de Estudos aborda que em março de 1949 chegaram ao território brasileiro os primeiros padres jesuítas, chefiados por Manuel de Nóbrega, marcando o início da História da Educação no Brasil (nos moldes europeus). Fundando a primeira escola elementar quinze dias depois em Salvador, tendo como o mestre o irmão Vicente Rodrigues, que foi o primeiro professor e durante mais de cinqüenta anos, dedicou-se ao ensino e a propagação da fé religiosa.
O noviço José de Anchieta foi o mais conhecido e talvez o mais atuante, para ele, a convenção do índio devia se fizer de qualquer forma.
No Brasil os jesuítas se dedicaram á pregação da fé católica e ao trabalho educativo. Perceberam que não seria possível converter os índios à fé católica sem que soubessem ler e escrever. Desta forma, em poucos anos cobriram o território das missões, escolas de ler, escrever e contar. Porém, no campo educacional observamos que, por trás do objetivo aparente de ensinar as primeiras letras e as humanidades, buscava-se na verdade a submissão à fé católica e aos costumes europeus.
Os jesuítas não se limitaram ao ensino das primeiras letras, eles mantinham cursos secundários de Letras, Filosofia, Teologia e Ciências Sagradas, equivalentes ao nível superior, dedicados à formação de Sacerdotes. É importante ressaltar que quando os jesuítas chegaram por aqui eles não trouxeram somente a moral, os costumes e a religiosidade européia; trouxeram também os métodos pedagógicos. Esse período educacional se estendeu até 1759, ano que Marquês de Pombal expulsou os jesuítas.
Devido à decisão de Pombal e o desmantelamento do sistema jesuítico, no início do século XIX, a educação brasileira se reduziu drasticamente, já que nada foi organizado para dar continuidade ao trabalho iniciado no Período Colonial. Até a proclamação da República, em 1889 praticamente nada se fez de concreto pela educação brasileira.
‘A década de vinte foi marcada por diversos fatos relevantes no processo de mudanças das características políticas brasileiras. Foi nesta data que ocorreu o Movimento dos 18 do Forte, a Semana de Arte Moderna, a fundação do Partido Comunista, a Revolta Tenentista e a Coluna prestes. No que refere a educação, foram realizadas muitas reformas em vários estados.
Em 1930, foi criado o Ministério da Educação e Saúde Pública e em 1931, o governo provisório sanciona decretos organizando o ensino secundário e as universidades brasileiras ainda inexistentes. Estes decretos ficaram conhecidos como “Reforma de Francisco Campos”.
Em 1934 a nova Constituição (a segunda da República) dispõe, ela primeira vez, que a educação é direito de todos, devendo ser ministrada pela família e pelos poderes públicos.
Segundo o Guia de Estudos, o período anterior, de 1946 ao princípio de 1964, talvez tenha sido o mais fértil da história da educação brasileira, pois neste período atuaram educadores que deixaram seus nomes na História da Educação por suas realizações como: Anízio Teixeira, Fernando de Azevedo, Lourenço Filho, Carneiro Leão, Armando Hildebrand, Pachoal Leme, Paulo freire entre outros.
Depois do golpe militar de 1964, muitos educadores passaram a ser perseguidos em função de posicionamentos ideológicos. Muitos foram calados para sempre, alguns outros se exilaram, outros se recolheram à vida privada e outros, demitidos, trocaram de função.
É no período mais cruel da ditadura militar, onde qualquer expressão popular contrária aos interesses do governo era abafada, muitas vezes pela violência física, que é instituída a Lei 4.024, a Lei de Diretrizes e Bases Nacional, em 1971. A característica mais marcante desta Lei era tentar dar a formação educacional um cunho profissionalizante.
A fase politicamente marcante na educação, do fim do Regime Militar aos dias de hoje foi à extinção do Conselho Federal de Educação e a criação do Ministério da Educação, vinculado ao Ministério da Educação e Cultura pelo Ministro Paulo Renato de Souza à frente do Ministério da Educação por meio de uma medida provisória.
Ao longo da História da Educação Brasileira houve várias reformas educacionais, é importante observar que, mesmo com “erros e acertos”, todas deram uma contribuição para o atual cenário educacional que temos hoje.
O Guia de estudos também aborda as modalidades de ensino na atualidade como EAD, EJA, Técnico Profissionalizante e Supletivo.
Observa-se que a modalidade Educação a Distância conquista cada vez mais o espaço nas instituições de ensino superior, por apresentar uma proposta viável do ponto de vista econômico, estrutural, de flexibilidade de tempo e espaço e por possibilitar a aquisição e troca de conhecimentos científicos dos que dela participam.
Além disso, constitui-se uma estratégia para ampliar a oferta de ensino superior às pessoas que ainda não tiveram acesso a cursos, regulares, adequando sua proposta educacional para atender a demanda do mercado de trabalho atual que busca a qualificação permanente dos professores e demais profissionais e proporcionar um avanço democrático no saber escolarizado.
Outro aspecto que considerei riquíssimo apresentado pelo guia é que o papel do professor vem mudando ao longo da História da Educação Brasileira, o professor é o mediador, o coordenador do processo educativo, já que, usando de autoridade democrática, cria, em conjunto com os alunos, espaços pedagógicos interessantes, estimulantes e desafiadores, para que neles ocorra a construção de um conhecimento escolar significativo.
Conclusão
Contudo, conclui-se que conhecer a História da Educação Brasileira é essencial para todo e qualquer curso de formação de professores. Seu estudo se constitui num excelente meio de buscar entender e melhorar a educação atual, e também apura a sensibilidade para os grandes problemas da educação, desenvolvendo o censo de compreensão e tolerância.
O foco principal é a educação, todos nós sonhamos com um mundo sem problemas educacionais. Que a Educação seja tratada com prioridade. Não se pode imaginar um futuro para humanidade sem educadores, eles não só transformam a informação em conhecimento e em consciência crítica, mas também formam pessoas, constroem sentido para a vida das pessoas e para a humanidade e buscam junto, um mundo mais justo, mais produtivo e mais saudável para todos.
Referência
PEREIRA, Magda Maria. História da Educação Brasileira. Guia de Estudo. Paracatu: FINOM. 2008.
Nenhum comentário:
Postar um comentário