FACULDADE DO NOROESTE DE MINAS-FINOM
PROJETO PEDAGÓGICO: Consciência Negra
Anna Felina Leal Alves
Diene Gonçalves Pereira
Eliete Gonçalves Santos Souza
Elzi Mendes Ferreira
Luzia Teixeira de Brito e Silva
Maria Vandilene Souza
Paracatu-MG
Novembro/2010
Identificação
Nome do Projeto: Cultura Afro-Brasileira
Desenvolvimento e Execução: Anna Felina Leal Alves, Diene Gonçalves Pereira, Eliete Gonçalves Santos Souza, Elzi Mendes Ferreira, Luzia Teixeira de Brito e Silva e Maria Vandilene Souza.
Apoio: Direção, Supervisão, Professoras, Grupo de Capoeira local e alunos.
Nome da Instituição: Escola Municipal João Luiz dos Santos
1) Introdução
Este projeto tem como objetivo comemorar o Dia da Consciência Negra, refletir sobre as diferenças raciais, garantindo aos alunos condições necessárias para buscar conhecimentos através de pesquisas sobre a cultura afro-brasileira e a formação da consciência negra.
2) Objetivo Geral
· Motivar os alunos a participar das atividades e desenvolver o senso crítico sobre o preconceito racial, trabalhando os valores humanos.
3) Objetivos Específicos
· Conhecer a importância de ser livre;
· Conscientizar que a formação de preconceitos traz implicações e reflexos por várias gerações;
· Conhecer as lutas dos negros escravos em busca da liberdade merecida;
· Descobrir o verdadeiro conceito de liberdade;
· Conhecer a cultura afro-brasileira.
4) Público Alvo
· Jardim III- Educação Infantil (alunos de 5-6 anos).
· Séries iniciais do Ensino Fundamental.
5) Etapas:
1ª Etapa (sala de aula)
· Dinâmica de apresentação do tema: Cultura Afro-Brasileira (em cada sala de aula nos dois turnos de funcionamento);
· Organização e distribuição de tarefas para participação de cada sala de aula;
· Orientar os alunos que irão fazer pesquisas, de danças, músicas, alimentação, vestuário, etc.
· Leitura da peça teatral para os alunos que irão dramatizar e distribuição dos papéis dos personagens para ensaio.
2ª Etapa (preparação)
· Ensaiar os alunos para os desfiles com trajes, com bonecas negras, danças e peças teatrais;
· Reunir todo o material pesquisado pelos alunos;
· Confeccionar o mural para exposição dos trabalhos e pesquisas;
· Confeccionar o mural para exposição do tema do Projeto: Consciência Negra;
· Confeccionar máscaras de coelhos para peça teatral (Menina bonita do laço de fita de Ana Maria Machado);
· Reunir e organizar as bonecas negras.
3ª Etapa (Dia da culminância do Projeto)
· Auxiliar nas vestimentas e maquiagem dos alunos e alunas que irão apresentar e organizá-los;
· Convidar todos os alunos e profissionais para o pátio da escola, local escolhido para a culminância do projeto;
· Abertura do Projeto com a fala da diretora: Helena Menezes.
· Abertura das apresentações com professor de capoeira local: Mestre Cafunga falando sobre a Cultura Afro-Brasileira e apresentação de Capoeira interagindo com os alunos;
· Desfile de alunos com bonecas negras;
· Apresentação da dança: Mundo Negro da banda O Rappa;
· Desfile de alunos representando negros que destacam e destacaram na história da humanidade;
· Dramatização da peça teatral: Menina Bonita do Laço de Fita de Ana Maria Machado;
· Desfile de trajes típicos;
· Encerramento com a dança: Você é Especial de Aline Barros.
6) Divulgação
O projeto será divulgado no âmbito escolar: Escola Municipal João Luiz dos Santos.
7) Desenvolvimento
Realização de pesquisas orientadas pelo professor e estagiárias envolvendo os seguintes temas:
· Contribuição do negro para nossa cultura no que se referem ao vocabulário, as danças, a alimentação, a religião e outros;
· Principais negros que destacam ou destacaram na história da humanidade;
· Montagem de murais com resultado das pesquisas realizadas;
· Apresentações teatrais, desfiles e danças que retratam a aprendizagem dos aspectos estudados.
8) Avaliação
Por meio de observação e participação nas diversas atividades, possibilitando as descobertas e registrando a contribuição do negro para nossa cultura.
9) Cronograma de elaboração e desenvolvimento
Pesquisas e elaboração do projeto | 08/11/2010 a 11/11/2010 |
Divulgação do Projeto Consciência Negra | 12/11/2010 |
Apresentação do Tema nas salas de aula e solicitações de pesquisas aos alunos | 12/11/2010 |
Ensaio com os alunos para os desfiles com trajes, com bonecas negras, danças e peças teatrais | 17/11/2010 a 19/11/2010 |
Confeccionar máscaras de coelhos para peça teatral (Menina bonita do laço de fita) | 17/11/2010 |
Reunir e organizar as bonecas negras e os trajes para as apresentações. | 18/11/2010 |
Elaborar a pauta para apresentação do Projeto | 18/11/2010 |
Confecção dos painéis decorativos e para exposição dos resultados | 18/11/2010 |
Culminância do Projeto: Consciência Negra | 19/11/2010 |
10) Temas de Pesquisas:
Cultura afro-brasileira com destaque para os itens:
· Dança;
· Vocabulário;
· Alimentação;
· Vestuário;
· Negros que se destacam ou destacaram na história. Ex: Pelé, Nelson Mandela, Zumbi, etc.(fotos e recortes de jornais e revistas para montagem do mural).
11) Referências bibliográficas:
MACHADO, Ana Maria. Menina bonita do laço de Fita. São Paulo-SP. Ed. Ática, 2007.
RADESPIEL, Maria. Alfabetização sem Segredos: Temas transversais. Contagem-MG: IEMAR, 1998.
Ilê Aye
Composição: Paulinho Camafeu
Oh oh oh oh oh oh oh oh oh oh
Oh oh oh oh Soul Power
Oh oh oh oh Soul Power
Oh Oh Oh Oh
Essa história começa mais ou menos assim:
Oh oh oh oh Soul Power
Oh oh oh oh Soul Power
Oh Oh Oh Oh
Essa história começa mais ou menos assim:
Que bloco é esse? Eu quero saber.
É o mundo negro que viemo mostrar pra você (pra você).
Que bloco é esse? Eu quero saber.
É o mundo negro que viemo mostrar pra você (pra você).
É o mundo negro que viemo mostrar pra você (pra você).
Que bloco é esse? Eu quero saber.
É o mundo negro que viemo mostrar pra você (pra você).
Somo crioulo doido somo bem legal.
Temos cabelo duro somo black power.
Somo crioulo doido somo bem legal.
Temos cabelo duro somo black power.
Temos cabelo duro somo black power.
Somo crioulo doido somo bem legal.
Temos cabelo duro somo black power.
Que bloco é esse? Eu quero saber.
É o mundo negro que viemos mostrar pra você (pra você).
Que bloco é esse? Eu quero saber.
É o mundo negro que viemos mostrar pra você (pra você).
É o mundo negro que viemos mostrar pra você (pra você).
Que bloco é esse? Eu quero saber.
É o mundo negro que viemos mostrar pra você (pra você).
Branco, se você soubesse o valor que o preto tem.
Tu tomava um banho de piche, branco e, ficava preto também.
E não te ensino a minha malandragem.
Nem tão pouco minha filosofia, porquê?
Tu tomava um banho de piche, branco e, ficava preto também.
E não te ensino a minha malandragem.
Nem tão pouco minha filosofia, porquê?
Quem dá luz a cego é bengala branca em Santa Luzia.
Meu Deus
Que bloco é esse? Eu quero saber.
É o mundo negro que viemos mostrar pra você (pra você).
Que bloco é esse? Eu quero saber.
É o mundo negro que viemos mostrar pra você (pra você).
É o mundo negro que viemos mostrar pra você (pra você).
Que bloco é esse? Eu quero saber.
É o mundo negro que viemos mostrar pra você (pra você).
Vai!
Oh oh oh oh Oh oh oh oh Oh oh oh oh
Oh Oh Oh Oh Oh Oh
Oh Oh Oh Oh Oh Oh
Essa história se resolve a bateria e voz
Que bloco é esse? Eu quero saber
É o mundo negro que viemos mostrar pra você (pra você).
Que bloco é esse? Eu quero saber?
É o mundo negro que viemos mostrar pra você (pra você).
É o mundo negro que viemos mostrar pra você (pra você).
Que bloco é esse? Eu quero saber?
É o mundo negro que viemos mostrar pra você (pra você).
Somo crioulo doido somo bem legal.
Temos cabelo duro somo black power.
Somo crioulo doido somo bem legal.
Temos cabelo duro somo black power.
Temos cabelo duro somo black power.
Somo crioulo doido somo bem legal.
Temos cabelo duro somo black power.
Branco, se você soubesse o valor que o preto tem.
Tu tomava um banho de piche, branco e, ficava preto também.
E não te ensino a minha malandragem.
Nem tão pouco minha filosofia, porquê?
Porque?
Em Santa Luzia aiai Meu Deus
Tu tomava um banho de piche, branco e, ficava preto também.
E não te ensino a minha malandragem.
Nem tão pouco minha filosofia, porquê?
Porque?
Em Santa Luzia aiai Meu Deus
Que bloco é esse? Eu quero saber
É o mundo negro que viemos mostrar pra você (pra você).
Que bloco é esse? Eu quero saber?
É o mundo negro que viemos mostrar pra você (pra você).
É o mundo negro que viemos mostrar pra você (pra você).
Que bloco é esse? Eu quero saber?
É o mundo negro que viemos mostrar pra você (pra você).
Oh oh oh oh Oh oh oh oh Oh oh oh oh
Oh Oh Oh Oh Oh Oh
Oh Oh Oh Oh Oh Oh
Você É Especial
Composição: Xuxu
Você é especial, não existe outro igual
Deus criou você assim, diferente de mim (2 vezes)
Deus criou você assim, diferente de mim (2 vezes)
O seu cabelo, a cor da sua pele, o tamanho do pé
Altura, peso, medidas, braço, perna e barriga
Bem assim como é...
Altura, peso, medidas, braço, perna e barriga
Bem assim como é...
Você foi criado, foi separado
Pra servir a Deus do jeito que você é...
Insubstituível. Você é incrível! Só precisa Ter fé.
Pra servir a Deus do jeito que você é...
Insubstituível. Você é incrível! Só precisa Ter fé.
Por isso, um apelido não será ouvido se ele for uma gozação,
Mas será atendido se for um carinho do seu coração,
Você é especial, não existe outro igual
Deus criou você assim, diferente de mim (2 vezes)
O seu nariz, boca, sobrancelha, queixo, testa e orelha
A cor dos seus olhos, Ele não ensaiou, tudo fez de primeira
A cor dos seus olhos, Ele não ensaiou, tudo fez de primeira
Menina Bonita do Laço de Fita
Ana Maria Machado
Quem é a menina bonita do laço de fita?
É pretinha como jabuticaba.
Têm a pele lustrosa, os cabelos enroladinhos.
E tem um segredo...
O coelho branco quer descobrir de qualquer jeito, mas a menina não conta.
Será que você descobre?
Ana Maria Machado fala de um jeito muito gostoso das diferenças de cor:
Leia a bela história desta menina.
Era uma vez uma menina linda, linda. Os olhos dela pareciam duas azeitonas pretas, daquelas bem brilhantes. Os cabelos eram enroladinhos e bem negros, feito fiapos da noite. A pele era escura e lustrosa, que nem o pêlo da pantera negra quando pula na chuva.
Ainda por cima, a mãe gostava de fazer trancinhas no cabelo dela e enfeitar com laço de fita colorida. Ela ficava parecendo uma princesa das Terras da África ou uma fada do Reino do Luar.
Do lado da casa dela morava um coelho branco, de orelha cor de rosa, olhos vermelhos e focinho nervoso, sempre tremelicando. O coelho achava a menina à pessoa mais linda que ele tinha visto em toda a vida. E falava:
- Ah, quando eu casar, quero ter uma filha pretinha e linda que nem ela...
Por isso, um dia, ele foi até a casa da menina e perguntou:
- Menina bonita do laço de fita, qual é o teu segredo pra ser tão pretinha?
A menina não sabia, mas inventou:
- Ah, deve ser porque eu caí na tinta preta quando era pequenina...
O coelho saiu dali. Procurou um vidro Fe tinta preta e tomou banho nele. Ficou bem negro, todo pretume, ele ficou contente. Mas aí veio uma chuva e lavou todo aquele pretume, ele ficou branco outra vez.
Então ele voltou lá na casa da menina e perguntou outra vez:
- Menina bonita do laço de fita, qual é o teu segredo pra ser tão pretinha?
A menina não sabia, mas inventou:
- Ah, deve ser porque eu tomei muito café quando era pequenina.
O coelho saiu dali e tomou tanto café que perdeu o sono e passou a noite toda fazendo xixi. Mas não ficou nada preto.
Então, ele voltou lá na casa da menina e perguntou outra vez:
- Menina bonita do laço de fita, qual é o teu segredo pra ser tão pretinha?
A menina não sabia, mas inventou:
- Ah, deve ser porque eu comi muita jabuticaba quando era pequenina.
O coelho saiu dali e se empanturrou de jabuticaba até ficar pesadão, sem conseguir sair do lugar. O Maximo que conseguiu foi fazer muito cocozinho preto e redondo feito jabuticaba. Mas não ficou nada preto.
Por isso, daí a alguns dias, ele voltou lá na casa da menina e perguntou outra vez:
- Menina bonita do laço de fita, qual é o teu segredo pra ser tão pretinha?
A menina não sabia e já ia inventando outra coisa, uma história de feijoada, quando a mãe dela, que era uma mulata linda e risonha, resolveu se meter e disse:
- Artes de uma avó preta que ela tinha...
Aí o coelho - que era bobinho, mas nem tanto - viu que a mãe da menina devia estar mesmo dizendo a verdade, porque a gente se parece sempre é com os pais, os tios, os avós e até com os parentes tortos. E, se ele queria ter uma filha pretinha e linda que nem a menina tinha era que procurar uma coelha negra para se casar.
Não precisou procurar muito.
Logo encontrou uma coelhinha escura como a noite, que achava aquele coelho branco uma graça. Foram namorando, casando e tiveram uma ninhada de filhotes, que coelho quando desanda a ter filhote não pára mais.
Tinha coelho pra todo gosto: branco bem branco, branco meio cinza, branco malhado de preto, preto malhado de branco e até uma coelha bem pretinha. Já se sabe afilhada da tal menina bonita que morava na casa do lado.
E, quando a coelhinha saía, de laço colorido no pescoço, sempre encontrava alguém que perguntava:
- Coelha bonita do laço de fita, qual é teu segredo pra ser tão pretinha?
- Conselhos da mãe da minha madrinha...
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