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domingo, 3 de julho de 2011

Portfólio/Resumo: Educação Corporal

Educação Corporal

            O Guia de Estudo aborda sobre o corpo e a sua contextualização no sistema educacional segundo uma abordagem analítica, interpretativa e crítica, realizada a partir de determinantes históricos, filosóficos, sociológicos e políticos, procurando compreender o corpo a partir de suas dimensões biológica, afetiva, cognitiva, cultural, estética, lúdica, linguística, dentre outras.
            Neste sentido, podemos entender a Educação Corporal como a ciência que possui uma importância cada vez maior no desenvolvimento global do indivíduo em todas as suas fases principalmente por estar articulada com outros campos científicos.
            É interessante observar que o corpo na Idade Média era percebido como centro dos acontecimentos, tendo uma idolatria divina sobre ele e uma consequente separação do corpo (profano) e, espírito–mente (sagrado), sendo definido como um instrumento de consolidações das relações sociais e o poder das características físicas.
            Na renascença, o significado passa a ter bases científicas, servindo de objeto de estudos e experiências, no qual a disciplina e o controle corporais eram preceitos básicos. Todas as atividades físicas relacionadas ao corpo eram prescritas por um sistema de regras rígidas, visando à saúde corpórea.
            Já na Idade Moderna essa cisão corpo-mente tornou-se possível com a desestruturação do sistema feudal e do poder da igreja católica, proporcionando uma reorientação na forma de pensar o homem em relação com o corpo.
             Pode-se dizer que o corpo contemporâneo seria um corpo frágil, com limitações e em busca constante da perfeição, pois existe uma valorização muito grande da aparência desse corpo no social.
            O Guia aborda reflexões teóricas acerca das concepções de corpo e do papel que essas concepções têm na interação social. Enfatiza também reflexões sobre a história do corpo da criança, adentrando em suas peculiaridades e especificidades demonstrando como a sociedade foi ao longo da história, formando o conceito de infância, entendendo-a no contexto europeu e brasileiro.
             Diversos autores desenvolveram significativas contribuições ao conhecimento, do crescimento, do desenvolvimento e do aprendizado infantil, explorando as mútuas relações entre esse desenvolvimento e da atividade tipicamente escolar e isso aconteceu a partir da segunda metade do século XVIII, com mais ênfase a partir da segunda metade do século XIX.
             Áries (1978) foi o pioneiro nesse trabalho a partir do qual é possível afirmar certas características da história da infância. Para o autor, a descoberta da infância começa no século XIII e evolui no XIV e XV tornando significativo no fim do XVI e durante o XVII.
            Nota-se que a modernidade traz consigo um novo sentimento da infância. A criança que era um ser quase não notável na Idade Média passa a ser teorizada por diversos pensadores que acredita a infância ser a mais importante fase da vida, por encontrar nela a formação das personalidades, dos hábitos, das atitudes enquanto vir a ser adulto.
            No Brasil a descoberta da criança está associada à Revolução Industrial, em conseqüência a entrada da mulher no mercado de trabalho, volta-se o olhar para as crianças, onde e como vão ficar? Pobre dessas crianças que tanto sofreram muitas até morreram, pois ficavam sozinhas em casa ou pelas ruas famintas ou até mesmo em meio dos maquinários das indústrias no seio de seus pais que enfrentavam uma carga horária pesada sem condições mínimas e dignas para ampará-las.
            Nota-se ao decorrer da história da sua existência o quanto a criança foi com seu corpo brutalmente violentado. Em todos os aspectos, do corporal ao emocional, psicológico social e moral.
            Em 1990 foi criado o Estatuto da Criança e do Adolescente, no qual foram fixadas regras que orientam a construção, instalação e funcionamento de creches no país.
            A Nova LDB através da Lei 9394/96 criou uma cessão especial destinada às crianças de zero a seis anos, nas quais são oferecidas em creches (0-3 anos) e em pré-escolas (4-6 anos).
            É interessante e muito importante à criação da educação infantil, foi uma mudança muito significativa, como o Guia aponta foi um marco na história da educação brasileira, pois até então sua existência era devido a programas assistencialistas e compensatórios, e quem cuidava dessas crianças não tinha nenhuma formação profissional específica, o que é exigido hoje e não somente para cuidar, mas para cuidar e educar.
            As organizadoras do Guia trazem informações para conseguirmos refletir sobre a Educação dos corpos na escola, portanto precisamos ver ouvir, sentir a vida dos corpos dos alunos hoje.
            Outra questão abordada muito importante foi à questão do brincar na escola, pois o brincar da criança é movimento. E toda a aprendizagem inicia-se com o corpo, pelas sensações corporais. O brincar é a maneira pela qual a criança busca subsídios lúdicos para desenvolver-se. Enfim, a criança utiliza-se do brincar para construir sua aprendizagem.
visando proporcionar complemento alimentar, evitando os danos da edsnutriç fundamentadas por Froebel.     
                  
Conclusão
            Diante do estudo, posso afirmar que o Guia Educação Corporal me surpreendeu com a gama de informações que traz.  Sendo muito produtivo, uma vez que elucidou o que vem a ser Educação Corporal, trazendo o corpo como objeto de estudo para Educação, sendo este muito importante e significativo, pois através do corpo podemos manifestar múltiplas linguagens e facilitar a comunicação.
Neste sentido, conclui-se que a Educação Corporal é de grande importância biológica, psicológica, social e cultural, pois é através da execução dos movimentos que as pessoas interagem com o meio ambiente, relacionando-se com os outros, aprendendo sobre si, seus limites, capacidades e solucionando problemas. 

Referência:

LEMOS, Andréia Aparecida, SILVA, Polyana Aparecida Roberta (org.) Educação Corporal. Guia de Estudos. Paracatu: FINOM, 2008.





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